domingo, 22 de junho de 2014

50 anos de Show Opinião

50 anos após o Show Opinião, o grupo Casuaryna e Joyce, foram convidados para refazer o grande Anfiteatro que aconteceu em 64, dando inicio a MPB. Onde em uma de suas primeiras apresentações, já na segunda edição em 65, surpreendendo à críticos da música, cantores tradicionais e até mesmo os mais leigos, cantando e encenando como um verdadeiro Carcará, ''brota'' do palco, improvisando, já que substituira Nara Leão, uma mulher cuja voz causava inveja em qualquer um, uma atitude de deixar todos impressionados, a grandiosa Maria Bethânia.
O Show Opinião deve ser ouvido e respeitado por todo brasileiro pois, foi um forte meio de aversão e indignação a Ditadura Militar, chamada até mesmo de música de protesto já que, expunha problemas sociais e, tentava alertar, de certa forma, o povo brasileiro sobre o que realmente era a Ditadura. Grande censura e opressão sofreram esses artistas, pois além de compor, eram grandes pensadores e formavam opiniões.
A MPB foi criada, não para se ''curtir'' o ritmo com uma dança, e sim para se ''curtir'' a letra, refletir sobre aquela mensagens que, em sua maioria, é uma metáfora, uma forma de auto-censura, evitando o veto Militar.
Antítese dessas músicas, é o que temos hoje, letras vagas, vãs, vazias, sem sentido ou mensagem alguma, tornando a carne humana um verdadeiro produto a ser comercializado, desvalorizando nossas mulheres, findando a nossa moral, exaltando a dor, e fazendo apologia a traição. Maldita seja essa Era Pós-Contemporânea, músicas que, como diria a canção de Sergio Ricardo e Glauber Rocha,'' não é de Deus e nem do Diabo''.
                                                                                                                                     Eduardo Meirelles


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